Venda de caminhões despenca em abril

A venda de caminhões caiu 40,02% em abril na comparação com março. A queda é em decorrência das medidas de combate ao Coronavírus, que fecharam estabelecimentos e exigiram o isolamento social durante todo o mês passado.

VENDAS DE CAMINHÕES
Abril/20 Março/20 ACUMULADO 2020 Abril/19 ACUMULADO 2019
Caminhões 3.910 6.519 24.134 8.488 29.864

De acordo com dados divulgados pela Fenabrave, foram vendidos 3.910 caminhões em abril. Em março haviam sido vendidos 6.519. As vendas também foram impactadas nos últimos dias de março, quando a quarentena foi iniciada. Em abril de 2019 foram emplacados 8.488 caminhões novos, 53,93% a mais do em abril desse ano.

VENDAS EM ABRIL POR MONTADORA
MONTADORA

UNIDADES PARTICIPAÇÃO
M.BENZ 1.215 31,07%
VW 1.052 26,91%
VOLVO 735 18,80%
SCANIA 299 7,65%
IVECO 258 6,60%
DAF 175 4,48%
MAN 119 3,04%
FORD 50 1,28%
HYUNDAI 5 0,13%
10º SINOTRUK 1 0,03%

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano as vendas também caíram, 19,19%, com 24.134 caminhões emplacados nesse ano. No mesmo período de 2019 foram emplacados 29.864 unidades.

A Mercedes-Benz registrou novamente o maior número de unidades vendidas, com 1.215 caminhões emplacados, seguida por Volkswagen, a segunda colocada, com 1.052 unidades.

VENDAS NO ACUMULADO DO ANO POR MONTADORA
MONTADORA UNIDADES PARTICIPAÇÃO
M.BENZ 8.199 33,97%
VW 6.033 25,00%
VOLVO 4.662 19,32%
SCANIA 2.192 9,08%
IVECO 1.074 4,45%
DAF 1.060 4,39%
MAN 500 2,07%
FORD 333 1,38%
HYUNDAI 33 0,14%
10º BYD 10 0,04%
11º PEUGEOT 8 0,03%
12º GM 4 0,02%
13º JBC 4 0,02%
14º AGRALE 3 0,01%
15º SHACMAN 2 0,01%
16º FOTON 1 0,00%
17º SINOTRUK 1 0,00%

O Volvo FH 540 segue como caminhão mais vendido, com 276 unidades emplacadas em abril. O VW Constellation 24.280 registrou 209 unidades emplacadas. FH 460 teve 171 unidades vendidas.

CAMINHÕES MAIS VENDIDOS
POSIÇÃO MODELO MARÇO/20 ABRIL/20 ACUMULADO/20
VOLVO/FH 540 486 276 1.671
VW/24.280 293 209 1.000
VOLVO/FH 460 351 171 1.258
DAF/XF105 219 159 1.001
VW/11.180 342 153 1.184
VW/9.170 232 120 851
SCANIA/R450 255 109 780
M.BENZ/ATEGO 2426 172 107 657
M.BENZ/ACTROS 2651 161 106 677
10º VOLVO/VM 270 136 102 523
11º M.BENZ/ACCELO 1016 172 95 621
12º M.BENZ/ATEGO 1719 176 90 725
13º SCANIA/R500 166 88 499
14º VW/17.190 115 79 272
15º M.BENZ/ACCELO 815 168 77 683
16º VW/14.190 19 77 105
17º M.BENZ/ATEGO 3030 52 71 289
18º M.BENZ/SPRINTER 416 70 53 250
19º M.BENZ/AXOR 2544 107 53 377
20º M.BENZ/ATEGO 1419 34 51 172

As vendas de caminhões pesados seguem registrando 50% do total de caminhões vendidos. Esse segmento engloba os cavalos-mecânicos, que vem se destacando como os modelos mais vendidos há alguns anos.

Petrobras reduz preços da gasolina e do diesel nas refinarias

Os preços da gasolina e do diesel estão mais baratos. De acordo com a Petrobras, a redução, que entrou em vigor nesta terça-feira (21), vale para os preços praticados nas refinarias. A gasolina ficou 8% mais barata e o diesel 4%. Em nota divulgada nessa segunda-feira, a estatal informou que no acumulado do ano, o preço da gasolina já caiu 52,3% e o do diesel caiu 38%.

O valor final ao motorista vai depender do mercado, já que cada posto tem sua própria política de preços, que inclui impostos, custos operacionais e de mão de obra.

Ainda na nota, a Petrobras explica que a política de preços da estatal para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos.

Segundo a companhia, a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos no posto de combustíveis. São os combustíveis tipo A: gasolina antes da sua combinação com o etanol e diesel sem adição de biodiesel. Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis.

Fonte: Rádio Agência Nacional

No combate ao coronavírus, Rota das Bandeiras disponibiliza dois novos pontos de apoio aos caminhoneiros

Os caminhoneiros que trafegam pelo Corredor Dom Pedro de rodovias passam a contar com dois novos pontos de apoio a partir desta quarta-feira (25/3), em uma edição especial do programa “Parada Legal” para enfrentamento ao novo coronavírus. Os locais contarão com profissionais da Concessionária Rota das Bandeiras para medição rápida de temperatura dos caminhoneiros, além de banheiros com álcool em gel para higienização das mãos. Os caminhoneiros também receberão um kit com lanche e luvas descartáveis.

O atendimento será na base do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) do km 75 da rodovia D. Pedro I (SP-065), em Atibaia, e no Posto Geral de Fiscalização (PGF) da rodovia Prof. Zeferino Vaz (SP-332), no km 149, em Artur Nogueira. Os locais permanecerão abertos 24h.

Realizado desde 2010, o programa “Parada Legal” se caracteriza por levar serviços gratuitos de saúde, segurança e bem-estar aos usuários do Corredor Dom Pedro. O apoio aos caminhoneiros é uma ação tomada em conjunto entre as concessionárias de rodovias do país. As rodovias são infraestruturas consideradas serviços essenciais, fundamentais para o trânsito das frentes de saúde e de segurança pública. Além disso, garantem o transporte de alimentos e de bens essenciais para as populações que estão em período de quarentena, como ocorre em todo o Estado de São Paulo.

Estados ajustam decretos para caminhoneiro não ficar sem apoio nas estradas

Pelo menos dois estados – Espírito Santo e Maranhão – fizeram neste fim de semana ajustes em decretos locais para excluir do rol de atividades que devem ser suspensas locais de apoio ao trabalho dos caminhoneiros. As modificações foram publicadas após a primeira reunião do conselho de secretários estaduais de Transporte junto ao Ministério da Infraestrutura, realizada na sexta-feira, 20.

A pasta negociou as alterações com os estados, para que as atividades da categoria não sejam interrompidas pela falta de uma rede de apoio nas entradas. O ministério teme que uma paralisação causada por essas restrições gere uma crise de abastecimento no país.

Em decreto publicado no sábado, 21, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), acrescentou as borracharias à lista de estabelecimentos que não precisam ser fechados temporariamente no estado. Além disso, determinou que a limitação de horário aplicada a restaurantes e lanchonetes – que precisam fechar para consumo presencial às 16h – não se aplica aos estabelecimentos localizados às margens de rodovias federais e em aeroportos.

Já o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), reajustou seu decreto no domingo, 22, para esclarecer que não estão inclusos na suspensão de 15 dias locais como borracharias, oficinas e serviços de manutenção e reparação de veículos, assim como restaurantes e pontos de parada e descanso às margens de rodovias.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, comemorou os reajustes que estão sendo comandados nos estados. “Sucesso (do diálogo) foi grande e vários decretos estão sendo adaptados”, disse Freitas em entrevista à CNN Brasil.

O ministro ainda explicou novamente que a Constituição deu ao governo federal o poder de decidir sobre o funcionamento do transporte no país. “O sistema de transporte é interfederativo, estradas perpassam vários estados, é natural que a gente chame a responsabilidade para essa questão”, disse Freitas à emissora, ao ser questionado sobre medidas de estados e municípios que buscavam impor restrições em rotas rodoviárias e aéreas em razão do coronavírus.

Ele avaliou que o diálogo com os entes federativos tem sido positivo. “Como aliar medidas que estabelecem cordões de isolamento com as nossas necessidades de abastecimento, de uma manutenção mínima da atividade econômica nesse momento de crise”, disse o ministro. Freitas lembrou ainda que, com a queda na demanda de viagens aéreas, vai haver uma diminuição no transporte aéreo, o que provocará uma necessidade maior das pessoas em relação ao transporte rodoviário.

Portos

Sobre a situação do trabalho nos portos, o ministro citou a recomendação conjunta assinada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério da Infraestrutura, direcionada para empresas do setor e às autoridades portuárias. O documento orienta que elas desenvolvam e implementem um plano de prevenção para protegerem os trabalhadores nos portos, já que as atividades não poderão ser paralisadas.

Na entrevista, Freitas voltou a pontuar que o Brasil tem hoje um déficit enorme na balança comercial do setor de saúde, o que demanda o funcionamento dos portos para receber insumos nesse momento de crise. “Precisamos ter equilíbrio. E acho que é consenso que os portos não podem parar de trabalhar”, disse o ministro, lembrando de medidas que deverão ser adotadas para proteger os trabalhadores portuários.

“Afastamento de vulneráveis da escala, quarentena obrigatório para tripulações, triagem, distribuição de equipamentos de proteção individual”, citou. Ele ainda explicou que a compensação salarial que será necessária para os trabalhadores vulneráveis afastados vai exigir um reequilíbrio dos contratos dos operadores portuários.

Fonte: Canal Rural

Emplacamentos de implementos rodoviários no primeiro bimestre seguem com resultado positivo

O volume de implementos rodoviários emplacados no primeiro bimestre de 2020 foi de 17 mil unidades. Esse total representa resultado 4,12% acima do apurado nos primeiros dois meses de 2019 quando a indústria entregou ao mercado cerca de 16,5 mil produtos.

As vendas em cada segmento mostram que eles estão em momentos distintos de desempenho. A variação positiva em Reboques e Semirreboques revela que o mercado em 2019 no segmento, conforme explicado pela ANFIR, completou sua recuperação.

“Ainda é cedo para uma previsão mais precisa mas a tendência que se verifica para este ano é registrarmos um crescimento percentual próximo aos dois dígitos”, estima Norberto Fabris, presidente da ANFIR-Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

A soma de janeiro e fevereiro de 2020 chegou a 9 mil implementos rodoviários emplacados ante 8,9 mil produtos em 2019, representando 1,83% de crescimento.

No mercado de Carroceria sobre chassis a variação positiva é maior que no segmento de Reboques e Semirreboques – 6,79% – o que mostra que a recuperação está acontecendo.

“Os negócios no âmbito das cidades deverão melhorar neste ano e ampliar o volume de emplacamentos no segmento Leve, completando sua recuperação”, explica o presidente da ANFIR.

No primeiro bimestre de 2020, a indústria entregou 8 mil produtos ante 7,6 mil unidades no mesmo período do ano anterior.

Volkswagen Delivery 11.180 se destaca na parcial de vendas de fevereiro com segundo lugar

Volvo FH 540 é o caminhão mais vendido na parcial de fevereiro. Mercedes-Benz é a marca com mais caminhões vendidos entre os 20 mais figurando com nove modelos
Volkswagen Delivery 11.180A surpresa na parcial de fevereiro é o segundo lugar do Volkswagen Delivery 11.180 que registrou 205 caminhões vendidos. O líder provisório é o Volvo FH 540 que emplacou 224 unidades.

DAF XF 105.510

Na terceira colocação na parcial do segundo mês do ano, o Mercedes-Benz Atego 1719 registrou 176 modelos vendidos. Já o DAF XF105 emplacou 166 modelos ficando no quarto lugar provisório.

Atego 1719
Foto | Mercedes-Benz/Divulgação

Mercedes-Benz

Além do terceiro lugar com o Atego 1719, a marca alemão colocou nove caminhões entre os 20 mais vendidos na parcial do mês de fevereiro.

Volvo FH

Foto | Volvo/Divulgação

20 mais vendidos

Confira abaixo os 20 modelos mais vendidos na parcial do mês:

  1. Volvo FH 540 – 224
  2. Volkswagen Delivery 11.180 – 205
  3. Mercedes-Benz Atego 1719 – 176
  4. DAF XF105 – 166
  5. Volkswagen Constellation 24.280 – 161
  6. Mercedes-Benz Accelo 815 – 156
  7. Mercedes-Benz Sprinter 415 – 156
  8. Volvo FH 460 – 149
  9. Mercedes-Benz Atego 2426 – 137
  10. Mercedes-Benz Axor 3344 – 136
  11. Volkswagen Delivery 9.170 – 136
  12. Scania R450 – 114
  13. Mercedes-Benz Accelo 1016 – 108
  14. Mercedes-Benz Actros 2651 – 108
  15. Scania R500 – 74
  16. Mercedes-Benz Actros 2546 – 63
  17. Volvo VM 330 – 63
  18. Volkswagen Constellation 23.230 – 60
  19. Mercedes-Benz Axor 2544 – 54
  20. Volvo VM 270 – 50

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Venda de implementos rodoviários cresce 6,7% em janeiro

A venda de implementos rodoviários começou o ano com uma boa alta. O mercado interno absorveu 8.559 unidades, 6,72% a mais do que em janeiro de 2019, quando foram vendidos 8.020 unidades.

“Começar o ano com resultado positivo é sinal que a curva ascendente de negócios iniciada em 2019 poderá prosseguir em 2020”, diz Norberto Fabris, presidente da ANFIR-Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

O maior volume vendido é o de implementos pesados, dos reboques e semirreboques, que registrou emplacamento de 4.646 unidades. O número é 5,7% maior do que em janeiro de 2019.

Os implementos leves, de carrocerias sobre chassis, registrou 3.913 unidades vendidas. O número também subiu em comparação com janeiro de 2019, 7,8%.

O número de implementos leves vendidos, historicamente, era de quase o dobro do número de implementos pesados vendidos. No ano passado, essa tendência não seguiu, e no início deste ano também não.

“Ainda há demanda reprimida nos negócios relacionados ao mercado de logística nas cidades”, explica Fabris, que completa: “uma vez que a atividade econômica no mercado de varejo responda com mais força poderemos ter um crescimento nas vendas de produtos da linha Leve”.

 

EMPLACAMENTO DO SETOR
JANEIRO DE 2020
REBOQUES E SEMIRREBOQUES
FAMÍLIA JAN. 2019 JAN. 2020 %
BASCULANTE 927 1.055 13,81
PORTA CONTEINER 170 125 -26,47
GRANELEIRO / CARGA SECA 1.205 952 -21,00
CANAVIEIRO 205 294 43,41
BAÚ CARGA GERAL 285 413 44,91
CARREGA TUDO 72 84 16,67
DOLLY 507 611 20,51
ESPECIAL 81 85 4,94
TRANSPORTE DE TORAS 183 151 -17,49
BAÚ FRIGORÍFICO 82 106 29,27
BAÚ LONADO 315 367 16,51
SILO 6 5 100,00
TANQUE CARBONO 336 382 13,69
TANQUE INOX 18 16 -11,11
TOTAL 4.392 4.646 5,78
CARROCERIAS SOBRE CHASSIS
FAMÍLIA JAN. 2019 JAN. 2020 %
GRANELEIRO / CARGA SECA 1.073 984 -8,29
BAÚ ALUMÍNIO / FRIGORÍFICO 1.459 1.647 12,89
BAÚ LONADO 16 20 25,00
BASCULANTE 383 383 0,00
BETONEIRA 27 42 55,56
TANQUE 160 229 43,13
OUTRAS / DIVERSAS 510 608 19,22
TOTAL 3.628 3.913 7,86
TOTAL GERAL MERCADO INTERNO

IMPLEMENTOS JAN. 2019 JAN. 2020 %
TOTAL   8.020 8.559 6,72

Bolsonaro quer mudar ICMS dos combustíveis para ajudar a reduzir preços para consumidores

O presidente Jair Bolsonaro informou neste domingo (2) que pretende apresentar ao Congresso um projeto de lei para alterar a cobrança de ICMS dos combustíveis e estimular a redução dos preços cobrados dos consumidores nas bombas.

O anúncio foi feito no final da tarde por meio de postagens nas redes sociais. De acordo com Bolsonaro, a ideia é fazer com que os cortes de preços da gasolina e do diesel feitos nas refinarias, pela Petrobras, cheguem de maneira mais efetiva e imediata para os consumidores, nos postos.

“Pela 3a vez consecutiva baixamos os preços da gasolina e diesel nas refinarias, mas os preços não diminuem nos postos, por que?”, escreveu. “Porque os governadores cobram, em média 30% de ICMS, sobre o valor médio cobrado nas bombas dos postos e atualizam apenas de 15 em 15 dias, prejudicando o consumidor.”

“O que o presidente da República pode fazer, para diminuir então o preço do diesel/gasolina para o consumidor?”, continuou. “Mudar a legislação por Lei Complementar de modo que o ICMS seja um valor fixo por litro, e não mais pela média dos postos (além de outras medidas).”

Hoje, o ICMS é cobrado como uma porcentagem sobre o preço final do combustível na bomba, o que faz com que sua arrecadação por litro fique maior ou menor conforme o preço da gasolina ou do diesel sobem e descem.

Essa taxa é definida pelos governos estaduais e varia de estado para estado – atualmente, ela vai de 25% a 34%, o que faz do ICMS um dos principais componentes do preço total que o consumidor paga por litro para abastecer o carro.

Outros impostos que incidem sobre os combustíveis, como a Cide e o PIS/Cofins, são exemplos de cobranças feitas por valor fixo, e não por uma porcentagem – no litro da gasolina, por exemplo, são cobrados 10 centavos de Cide e 79 centavos de Pis/Cofins, de acordo com a Fecombustíveis, associação que reúne as redes de postos de gasolina. Ambos são impostos federais e o valor é definido por lei.

Bolsonaro informou que “encaminhará proposta ao Legislativo e lutará pela sua aprovação”. Também disse que o projeto deve conter “outras medidas”, mas não deu mais detalhes.

Fonte: Exame

Governo estuda alternativas contra impacto da alta do diesel

O preço do diesel alcançou um patamar superior ao da época da greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, enquanto medidas para limitar os aumentos continuam em estudo pelo governo.

Recentemente, começou a ser planejado o corte do imposto de importação de caminhões movidos a GNV (gás natural veicular) e GNL (gás natural liquefeito). É esperada, com isso, a redução da dependência que o transporte rodoviário tem do diesel, um combustível mais caro.

O tema está em discussão em grupos de trabalho do governo e deverá ser levado ao conselho da Camex (Câmara de Comércio Exterior), do Ministério da Economia.

O instrumento analisado é o chamado ex-tarifário, que reduz temporariamente a alíquota do imposto de importação quando não há produção nacional equivalente.

O governo quer incentivar o uso de caminhões a gás no país também como forma de se aproveitar o chamado “choque de energia barata” anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

O barateamento do insumo decorreria de medidas que já estão sendo colocadas em prática para quebrar o monopólio da Petrobras do mercado.

Com mais veículos movidos a gás e com as ações em curso, segundo a tese, seria possível baixar o custo da logística no país. Hoje, o uso do gás fica concentrado em grandes indústrias e na geração de energia elétrica.

A medida para facilitar a entrada de caminhões a gás no país, no entanto, encontra resistências e deverá ser adiada.

A Anfavea (que representa fabricantes automotivos) levou a representantes do governo a informação de que já há produção de caminhões movidos a gás em território brasileiro.

A Scania fabrica dois modelos desde dezembro e diz ter sido a primeira a lançar este tipo de veículo com produção local.

Segundo a empresa, os investimentos no projeto demandaram cerca de R$ 4 bilhões e a fabricação envolve 4.300 funcionários diretos.

Os executivos pedem ao governo que a decisão seja adiada para, pelo menos, o fim de fevereiro. Esse tempo seria necessário para a Anfavea estudar o tema e preparar argumentos para subsidiar o governo sobre o assunto.

Além disso, a associação quer acesso às informações que estão embasando as discussões hoje.

Em outra frente, surgiu no governo a ideia da mudança de tributação no ICMS de estados. O próprio presidente Jair Bolsonaro sugeriu a alternativa –sem dar detalhes–, que dependeria de uma mudança legal.

O governo estuda a criação de um fundo de compensação aos entes, usando recursos dos royalties que a União recebe pela exploração de petróleo e gás. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pretende apresentar uma modelagem até o fim de fevereiro.

O tema ainda não é um consenso no governo.

Na equipe econômica, há resistências e dúvidas quanto ao funcionamento do mecanismo e é lembrado que o governo enviou uma PEC (proposta de emenda à Constituição) ao Congresso em novembro justamente para extinguir mais de 200 fundos públicos vinculados a despesas específicas.

Apesar disso, alguns membros da equipe de Guedes não se mostram totalmente contrários à medida. Eles afirmam que a compensação aos estados até poderia existir se bem justificada e não necessariamente na forma de um fundo.

Medida ainda mencionada por técnicos, a ideia da Cide flutuante sobre o diesel também permanece no papel.

Pela ideia, a cobrança cairia quando o preço do combustível aumentasse e vice-versa. Por enquanto, essa política é impraticável já que a taxa está zerada justamente para conter os preços.

Fonte: Folha de São Paulo